A febre oropouche é uma doença infecciosa causada pelo vírus Oropouche (OROV), transmitido pela picada do mosquito Culicoides paraensis, popularmente conhecido como mosquito-pólvora. Essa arbovirose, endêmica da região amazônica, tem se espalhado para outras áreas do Brasil, gerando preocupação entre as autoridades de saúde.
Os sintomas da febre oropouche são semelhantes aos de outras doenças transmitidas por mosquitos, como dengue e chikungunya. Febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos e exantema (manchas vermelhas na pele) são alguns dos sinais mais comuns. A maioria dos casos apresenta sintomas leves e se recupera em poucos dias, mas em alguns pacientes, a doença pode evoluir para complicações neurológicas, como meningite e encefalite.
O diagnóstico da febre oropouche é feito por meio de exames laboratoriais, como testes sorológicos e de biologia molecular, que detectam a presença do vírus ou de anticorpos específicos no sangue do paciente. O tratamento é sintomático, com repouso, hidratação e uso de medicamentos para aliviar a febre e as dores. Não há tratamento específico para a doença, nem vacina disponível.
A prevenção da febre oropouche envolve medidas de controle do mosquito vetor, como o uso de repelentes, telas em portas e janelas, e eliminação de criadouros, como água parada em vasos, pneus e outros recipientes. A conscientização da população sobre os riscos da doença e a importância das medidas preventivas também são fundamentais para conter a disseminação do vírus.
A febre oropouche é uma doença emergente que exige atenção e vigilância por parte das autoridades de saúde. O aumento do número de casos e a expansão geográfica da doença ressaltam a necessidade de investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novas ferramentas de diagnóstico e tratamento, além do fortalecimento das ações de controle do mosquito vetor e da educação em saúde da população.