Com muito tristeza informo o falecimento do Prof. Angelo Machado ocorrido nessa manhã. Infelizmente não poderemos prestar nenhuma homenagem presencial. Velórios estão proibidos devido a COVID 19.
Ângelo Barbosa Monteiro Machado (Belo Horizonte, 22 de maio de 1934) é um médico, professor, entomológo e escritor brasileiro.
Como médico criou o Laboratório de Neurobiologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais e conjuntamente com sua esposa Conceição Ribeiro da Silva Machado (Passagem de Mariana, 16 de setembro de 1936 — Belo Horizonte, 23 de agosto de 2007) foi responsável também pela criação do Centro de Microscopia Eletrônica do mesmo instituto.
Ângelo Machado graduou-se em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1958, porém nunca exerceu a profissão, dedicando-se ao ensino e à pesquisa na área de neurobiologia. Em 1963, ainda na UFMG, obteve o título de doutor em Medicina e no período de 1965 a 1967 fez pós-doutorado na Northwestern University, Chicago, EUA.[carece de fontes]
De volta à UFMG, trabalhou durante muitos anos pesquisando a glândula pineal e o sistema nervoso autônomo, área na qual fez uma de suas descobertas mais relevantes: a formação das vesículas sinápticas de noradrenalina, a partir do retículo endoplasmático liso, nos terminais axônicos.[carece de fontes]
Também escreveu um livro didático bastante utilizado no ensino de graduação de Medicina, “Neuroanatomia funcional”.[carece de fontes]
Aposentou-se em 1987 como professor titular de Neuroanatomia e submeteu-se a novo concurso para docência, tornando-se professor adjunto de Entomologia. Assim, seu passatempo, o estudo de insetos, tornou-se profissão, o que o levou a iniciar um novo hobby: escrever livros para crianças nos quais a temática era a biologia. Essa atividade que lhe rendeu um Prêmio Jabuti em 1993 na categoria de Literatura Infantil. Eventualmente escreveu livros para adolescentes e adultos, como Os fugitivos da esquadra de Cabral (em 2000) e Manual de sobrevivência em festas e recepções com bufê escasso (1998).[3]
Em 2015 doou sua coleção pessoal de 35 mil libélulas catalogadas para a UFMG.[4]