AMB: Chapa 2 venceu nas urnas

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Que a Justiça prevaleça

Por Luciano Carvalho*

Os resultados alcançados nas eleições do último dia 31 de agosto no Distrito Federal para a diretoria da Associação Médica Brasileira (AMB) deixaram claro que Brasília quer mudanças. Foram 640 votos para a Chapa 2 – AMB para os Médicos -, contra 414 para a Chapa 1, apoiada pela atual diretoria nacional. Recebemos o apoio da maioria dos médicos que votaram para representar nossa região e ajudar a construir uma nova AMB, mais participativa, efetiva e forte. Ganhamos aqui e no Brasil, mas não pudemos ainda comemorar, uma vez que a AMB desconsiderou as eleições legitimamente realizadas por Brasília e São Paulo, onde a Chapa de situação não ganhou.

Realizamos aqui as eleições seguindo rigorosamente o estatuto e as normas vigentes, utilizando, pela primeira vez, o voto eletrônico. Contratamos empresa profissional e montamos a comissão eleitoral, garantindo ao processo a transparência e a lisura indispensáveis para eleger tanto a nova diretoria da Associação Médica de Brasília (AMBr) quanto da AMB, como reza o estatuto. Historicamente e estatutariamente é a federada quem realiza as eleições para a associação local correspondente e para a AMB. Por isso é preciso questionar as razões que levaram a entidade nacional a tentar mudar a regra do jogo, descumprindo o Estatuto que ela mesmo criou. A judicialização foi inevitável, pois os médicos, como todos os cidadãos de um Brasil cansado de conchavos e esquemas, exigem lisura, transparência e legitimidade na escolha de seus representantes.

A eleição realizada pela AMB junto aos médicos do DF não resultou nem em 100 votos. Já a que realizamos pelo nosso sistema foi prestigiada por mais de mil associados, o que demonstra a confiança que eles têm em sua federada. Qual sistema de votação tem legitimidade? Os números falam por si. Queremos agradecer aos 640 colegas que votaram na Chapa AMB para os Médicos. A luta continua agora na seara judicial para que a escolha que vocês fizeram seja respeitada.

A decisão está nas mãos dos juízes. E o que esperamos é que, com celeridade, a justiça prevaleça, a vitória seja reconhecida e possamos transformar juntos a AMB e o cenário da carreira médica no Brasil. Vamos nos unir por uma AMB diferente, num Brasil que precisa ser diferente com a força de todos nós.

*Presidente da Associação Médica de Brasília (AMBr)